E a que ponto chegamos, não é mesmo? Mas a pergunta poderia ser: como esperamos chegar a esse ponto antes de algo ser feito?
Ok, mas mesmo agora que as operações para o desmantelamento das bases atuais do narcotráfico - e isso pode ser aplaudido por ser absolutamente necessário, mas sempre garantindo-se os direitos civis principalmente dos moradores que não têm nada a ver com a história - foram concluídas, só escuto falar-se a respeito de novas UPPs, treinamentos para os policiais especiais e permanência do exército ocupando os morros e complexos.
Mas onde estão as propostas para dar dignidade às pessoas que moram nessas regiões? Os projetos de educação que vão garantir oportunidades reais e produtivas para as crianças, para que elas possam ser pilotos de avião e não o avião em si no futuro? E a infra-estrutura de saneamento, transporte e saúde extremamente necessárias? O que vai ser feito - na base - para que essa história não se repita, no Rio ou em qualquer outra cidade do Brasil?
É disso que sinto falta... É sobre isso que quero que todos discutam e então EXECUTEM as ações necessárias. Aos políticos cabe a criação e execução das atividades; a nós, cabe cobrá-los para que isso seja feito!
E por último, é claro que o Rio de Janeiro continua lindo! Mas ele tem o direito de ficar ainda melhor, não é mesmo?
Notas do Editor:
- E são tantas coisas acontecendo, além do trabalho, que não dá tempo de comentar tudo... Mas o caso do Wikileaks é de grande destaque, mostrando todo o mando e desmando dos EUA no mundo e também o quão apática pode ser a mídia. Acompanhem o Idelber Avelar (n'O Biscoito Fino e a Massa e/ou pelo Twitter), que está fazendo uma cobertura digna de nota a respeito!
- Ah, se alguém descobrir a fórmula para aumentar o número de horas do dia, favor entrar em contato.
4 comentários:
Caro Marcelo Ramos,
Queria apenas chamar-lhe a atenção para o facto de a aplicação do Acordo Ortográfico não ser suprimir linearmente a primeira de todas as consoantes duplas.
O acordo só suprime as realmente mudas, que quer dizer que não afetam a oralidade dessa palavra.
Ou seja, escreve-se afeto, ação, atividades, atual ou projeto, mas também facto, septo, pacto, etc.
Desculpe a intromissão mas fi-lo pois parece-me uma pessoa evidentemente preocupado com a Língua Portuguesa e vejo em posts seus o uso, por exemplo, de "fato" em vez de facto.
Veja, http://alvarovelho.net/index.php?option=com_jcontentplus&view=categorylist&id=3&catid=169%3Aaprendizagenscompetencias&article_id=354%3Aacordo-ortografico&limitstart=5
Caro Marcelo Ramos,
Peço desculpa pelo meu comentário anterior, que só se aplicaria ao português de Portugal.
De facto, o que se passou foi que eu, que não conhecia o seu blog e aqui cheguei por acaso, assumi que era um português a escrever sobre o Rio e, dada a qualidade irrepreensível da sua escrita, não me ocorreu que fosse brasileiro.
Aqui, "fato" é "terno" e "terno" é o "3" num baralho de cartas.
Abraço.
Caro LPontes,
De qualquer maneira agradeço pelos seus comentários e também pelo elogio à minha escrita.
Mas saliento que, aqui no Brasil, existem muitos a escrever bem o nosso bom e velho português, ok!?
Abraço!
Exmo. Sr. Marcelo M. Muta Ramos
Vai aprender a escrever direito, rapá!
Ass: Prof. Pasquale
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