Quem nunca pagou um mico? (Ou um sapo, a depender da região do Brasil onde se reside.) Todo mundo tem pelo menos uma história hilária para contar, sobre uma ocasião qualquer em que fez ou falou algo que resultou em vexame. Vale chamar o namorado da amiga pelo nome do ex, falar mal do chefe e descobrir que ele está atrás de você, virar a taça de vinho na camisa branca do colega mais lindo do serviço, tentar abrir o carro errado no estacionamento do shopping... claro que tem de existir uma plateia, de preferência grande e que ria alto, bem alto, senão não vale.
Pois bem. Eu seria uma pessoa mais feliz se me enquadrasse no parágrafo acima. Mas não, eu sou diferente, nunca paguei um mico. Simplesmente porque sou tão atrapalhada que pago vários todos os dias. Nem tem mais graça. O tal macaquinho parece viver nos meu ombros, sempre saltitante a aprontar, como aquele da propaganda, mas sem o fez, porque aí já é demais.
Tropeços e quedas, por exemplo, são tão rotineiros em minha vida que não há calçado no meu armário que não guarde ao menos uma marca no bico. Porque, claro, eles sempre parecem muito maiores do que os meus pés, de modo que eu esteja toda faceira, de nariz empinado, desfilando na frente daquele bonitão e... [sonoplastia] lá vem um tropicão, mas não uma simples virada de pé, tem de ser um baita tropeço, daqueles que fazem a gente quase beijar o chão, depois de dois ou três passos desengonçados, de empurrar a velhinha à frente, de jogar longe as sacolas da grávida que estava olhando a vitrine.
Também tenho certa predileção por escorregões. Ao ar livre, em lugares fechados, na rua, na calçada, no shopping, no restaurante. Não importa o tipo de piso nem o tipo de sapato que eu uso, basta eu me vangloriar por ter passado ilesa ao buraco na calçada ou ao chão molhado (sinalizado com aquelas placas inúteis), [sonoplastia] lá vou eu me desequilibrar. E o susto nesse caso é sempre tão grande (por mais que eu esteja acostumada a passar por isso, sempre me assusto, não adianta!) que o reflexo me pega, abro os braços de repente, mandando aos ares tudo o que tenho nas mãos, então invariavelmente dou um gritinho. Se não tinha ninguém olhando, agora é tarde, o público já está atento ao espetáculo Mico Live.
Aqui um parêntese se faz necessário. Junta-se a minha enorme capacidade de perder o equilíbrio a também (enorme) tendência a adquirir arranhões, hematomas e cortes. Tanto é que em casa a mesa é toda de madeira e nenhum móvel tem arestas cortantes, e essa cautela não detém qualquer relação com a presença de crianças no lar. Foi uma medida para me proteger mesmo. Porque além de cair e escorregar com frequência, eu ainda dou topadas, bato a cabeça, esbarro em tudo, vivo com os joelhos esfolados e com marcas roxas pelo corpo. Um desavisado pode até ficar com dó, oh, coitada, deve apanhar em casa (agora, só se for do filho!).
Topadas, escorregões e tropeções, ok, todo ser humano passa por isso. Ok, acho que eu também posso viver com isso. Mas e quanto a minha mira para acertar copos? Nos lares mais informais, nas casas de praia, nos sítios, as pessoas se largam em algum canto e pousam o copo de cerveja - de suco, de água, de qualquer coisa líquida e bebível - no chão mesmo. E basta eu passar a um raio de 5 metros de distância de qualquer um deles para que os benditos se arremessem contra a parede, joguem-se no piso imaculado ou ainda procurem a barra da calça mais branca da cidade. Minhas pernas nem são capazes de um passo tão largo, mas é verdade, basta eu ver um vasilhame entornável para que ele vomite seu líquido todo. Quem me conhece sabe dessa minha capacidade artilheira e, na melhor das intenções, dá o alerta sobre os copos circundantes... péssima iniciativa. Porque nesses casos, ou eu brinco de estátua e não me mexo até que alguém retire o alvo do chão, ou em poucos minutos ele será certeiramente acertado.
Isso tudo sem contar a língua que não cabe dentro da boca, e destila o mais amargo dos venenos sempre que o tema da conversa está a ouvir (atrás de mim, na mesa ao lado do restaurante, na outra casinha do banheiro, no corredor adiante). Sem contar também os e-mails enviados erroneamente, ou com conteúdo errado ou para a pessoa errada ou ainda as duas coisas ao mesmo tempo (e depois vai explicar que eu simplesmente me enganei e que eu faço isso com certa frequência, mas não de propósito). Sem contar ainda minha memória seletiva, que me faz esquecer datas, trocar nomes, ignorar eventos, que me coloca nas situações mais vexatórias possíveis (mas você me falou isso, não lembra? e eu com aquela cara de pastel), que para meu desespero só consigo esclarecer dias depois (putz, é mesmo, eu falei aquilo!)...
Meu amigo mico, pelo visto, vai viver nos meus ombros até o fim dos meus dias. Já estou conformada... ao menos se isso rendesse histórias interessantes para eu contar aqui!
11 comentários:
Nossa... tenho um desses me acompanhando como papagaio de pirata desde pequena. Tenho ate uma historia bem hilaria *hoje* sobre a vez que fui literalmente perseguida por um mico. Isso me traumatizou pra vida. Fui lendo o texto e te imaginando como a Alma (admito, com uma soh tv em casa, acabo assistindo a novela das 7 com a familia) de Tres Irmas. Sempre a vi como uma Paula so que mais exagerada, mas pelo jeito ela pode ter sido inspirade em vc.
Bom, dica: arnica para hematomas, tomografia para contusoes na cabeca e muito gelo. E claro, sempre alguem pra ajudar a pegar cacos de vidro, pra nao aumentar o estrago e ganhar cortinhos idiotas.
Puxa, não tenho ideia de quem seja essa personagem da novela. Mas se ela é apatralhada assim, podecrê q se parece comigo hehehe...
E qto a suas dicas, obrigada, mas arnica já faz parte da minha vida há muuuuuitos anos. Tanto a pomada quanto os glóbulos, q eu tomo toda vez q os hematomas ficam mto evidentes ou vêm acompanhados de inchaço (inclusive galos na cabeça!)... Pra vc ver, essa sina me acompanha desde a nascença!
Há dois tipos, basicamente, de gente estabanada: aqueles azedos que se zangam, tentando tirar satirfações de quem rir; e aqueles que transformam suas tragédias diárias em alegria para quem ouve. É um dom e uma conquista.
Ah, transformar minhas trapalhadas em dom e conquista foi uma ótima jogada de amizade hehehe... mas eu disse, sou tão desastrada que nem tem mais graça... ;o)
Era começo de faculdade e eu sempre tive a péssima mania de fazer besteiras por toda parte. Odeio fazer coisas sérias. Falar em público, apresentar trabalho? Vixi, essas coisas ditas “normais” me assustam um bocado. Mas agora me coloquem na frente de um grupo para contar piadas ou fazer bobeira. Pronto, nem sequer tenho vergonha na cara ao ponto de corar, nem que seja de leve.
Nos primeiros dias de aula estávamos na cantina, um grupo. Eu havia pedido a moça atrás do balcão um laka cream, o chocolate. Aguardei ansiosamente meu chocolate predileto chegar às minhas mãos. Afinal, naquela época eu era magra e podia me dar ao luxo de comer um desses todos os dias. Hoje eu vivo a base de sopa e tenho raiva da balança. Pois bem, nesse meio tempo, chegou uma menina loira com os cabelos alisados do meu lado. Eu, na ânsia de fazer uma bobeira acreditei que aquela era uma das novas colegas de aula.
Delicadamente (como um rinoceronte) cutuquei a menina e soltei com a maior cara de garota propaganda: Laka Cream! Até cheguei a colocar a barrinha do lado direito do meu rosto, abrir um largo sorriso e falar tudo isso com o entusiasmo de um primeiro teste para televisão. Pois bem, não era quem eu imaginava. Acreditava que ali estava a menina q estudava comigo e não uma mera desconhecida. O mico total!
Mas isso de chutar as coisas não é especialidade apenas sua. A última vez que resolvi dar uma mãozinha no restaurante da família, acabei chutando longe o vaso de anjo da minha avó. Foi terra e asa pra tudo que é lado. O restaurante estava lotado, e o mico foi dos grandes.
Há, micos... Os meus cresceram tanto que já viraram orangotangos mesmo!
E volta e meia aparece um king-kong para ajudar, claro.
Aliás, já falei que sou muuuito atrapalhado? Viu só, as pessoas com coisas em comum realmente acabam se aproximando, hahahaha.
Mi, o detalhe é que eu sou uma pessoa extremamente séria hehehe... nem tanto, mas eu não sou engraçada por natureza...
Muta, tendo em vista o meu supertamanho, melhor eu continuar "apenas" com os micos, né? E é vero, pessoas parecidas acabam se ajuntando em algum lugar (ou momento) da vida! ;o)
Eu sou definitivamente a rainha dos micos de tombo. Inúmeros. Os de outras espécies logicamente também me acompanham, mas não me dão tanta vergonha quanto um capote na rua.
se pagar mico fosse bom niguem morrreria de vergonha eu e minhas amigas paga tanto mico q pessoas q nem conheso me para na rua e diz"olha aquela menina q caiu dro da lata de lixo"e eu fico com maior cara de tacho .um dia o nino mais bonito da minha escola falou uma coisa comigo q fiquei de cara no chão,eutava falando com a minha amiga pra parar de paga mico q ja tava p...e disse q ela tava acbando com a minha reputação.ae ele me viro e disse "q reputação vc so paga mico e começou a rir.ate hj eu fico pensando nisso...
paga mico é comigo mesma cai no mei da rua ,no shoping tanto faz eu posso ate esta de rasterinha eu tenho q torçe o pé .sobi no morro de salto uh é comigo mesmo depois pra desse é facil é so sair rolando o pio de tudo é ta passando nafrente do mais gato da escola ou da rua e [strik] lá vai eu mostrando o q eu sei fazer e o pior de tudo é q eu tenho a cara de pau de sair de casa de cara levantada.
eu pagar mico é.... sempre nn posso fazer nada q pode virar uma trajedia nn posso atravessar a rua ,ir numa bonbonie nn posso fazer oq todas as pessoas normais fazer pq é perigozo pra andar comigo tem q ser corajoso minhas amigas e eu fomos ao shoping ne falaram q o BDS tava la. la vai eu cheguei no shoping saindo do taxi vai eu enfiar a minha ALL STAR novinha no buero .ta queriamos ir come minha amiga nn sabia subir numa merda de escada rolante e estava comedo fomos de elevador a otra amiga minha tinha fobia e eu como sempre sou a ultima A saber de tudo la vai nos ela morrendo e eu comedo q ela morrese ela chorando e eu nervosa e o levador q nn ajuda demorando qnd chegamos la a doida nn me desmaia vamos ter q ir la ne levar ela no postinho do hospital .nn vou contar mais detalhes pq nn cabe .
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