O Idéias Mutantes estava prestes a fazer cinco anos, e o Muta me ligou desesperado:
- Alô!
- Alô! Quem é que liga para minha casa a esta hora da noite?
- É o Muta, André! O Muta, do Idéias Mutantes!
- Mas quem disse que você tem meu telefone?
- E quem disse que esta ligação é verdadeira?
- É mesmo, rapaz. Mas pode dizer.
- Seguinte, André. O Idéias Mutantes vai fazer cinco anos. Cinco! Precisamos fazer uma festa!
- Rapaz, não sabia dessa idade toda. Quer uma festa temática para crianças de cinco anos?
- Melhor não. Pensa em outra coisa. Depois me liga.
E desligamos sem dar tchau, e sem que isso fosse mal educado. Devido à nossa urgência, cerimônias de despedidas seriam somente um descaso frente ao acontecimento maior: O aniversário de cinco anos do site.
Já disse que era de madrugada, e agora posso precisar o horário. Três e trinta e quatro. A festa seria dali a um mês. Precisava tomar uma atitude rapidamente! E as únicas coisas que funcionam a esse horário e que poderiam me ajudar eram os puteiros. Liguei primeiro para o Muta, para pedir autorização:
- Alô, Muta?
- Sim, sim. Quem fala?
- É o André!
- Ah, sim, André! Conseguiu pensar em alguma coisa.
- Rapaz, pensei. E pensei em putas.
- Putas?! Você não conhece o vírus da AIDS?! Tem um monte de outras doenças também, que eu nem me lembro a essa hora da noite. Putas, não.
- Mas Muta... Não serão putas de verdade. Você quer estragar meu post, é? Essa ligação nem é de verdade e você já está implicando.
- Então tudo bem. Tudo por um bom post.
- Tudo. Posso arrumar as putas?
- À vontade.
- Tchau-tchau.
- Bye-bye.
Desta vez nos despedimos porque a coisa tornou-se menos urgente. Tínhamos uma idéia, e isso já era muito. Só não gostei do bye-bye do Muta. Achei meio afetado.
Peguei a lista telefônica para ligar para os melhores e mais luxuosos puteiros da cidade.
- Mas não tem puteiro em lista telefônica!
- Ô, Muta! O que é que você vem atrapalhar de novo meu post?!
- Não vim atrapalhar. Estou apenas corrigindo. Puteiro tem é em jornalzinho de bairro.
- Ok.
Não dei tchau porque estava mesmo muito irritado. Agora, sim, foi por má educação.
Fechei a lista telefônica não sem antes conferir se não tinham mesmo puteiros. Muta tinha razão. Abri todos os jornais de bairro de meu estoque. Não é que tivessem puteiros, mas tinham putas. Melhor ainda.
Gostei primeiramente de Rosângela.
Rosângela dizia que era loira, alta, bem apessoada, gostava de sexo anal, sexo vaginal e sexo oral. Só não entendi quando ela disse que era conversível. Valia a pena arriscar.
- Alô, Rosângela?
- Sim, sim. Quem é?
- Rosângela, meu nome é... meu nome é... meu nome é Muta! - menti.
- Oi, Muta. Em que posso ajudá-lo?
- Seguinte. Vai rolar uma festa e preciso muito da sua presença. E pago bem.
- Bem quanto?
- Mil reais no cheque.
- Estarei aí.
Achei esquisito que ela nem pediu o endereço, mas dez segundos depois espiei pelo olho mágico e reconheci Rosângela no ato. Sabe como sabia que era ela? Porque era uma mulher conversível. Espiei um pouco mais, porque precisava pensar em mais algumas coisas. Abri a porta e fui logo dizendo:
- Rosângela, chame umas amigas!
Foi só ela dar um rápido telefonema, que segundos depois já estavam à minha porta a Roberta (morena, baixa, topava sexo anal, sexo oral, sexo vaginal. Tudo sem camisinha), Catilse (ruiva, bela apesar do nome, topava todos os tipos de sexo e todos os tipos de homem) e Roberto.
- Peraí. Quem é esse Roberto?
- É que no Idéias Mutantes também tem mulheres.
É mesmo. Mas não seria fino oferecer um garoto de programa às mulheres. Acho melhor encerrar por aqui.
5 comentários:
Pô, Roberto? Ficaria melhor o bom e velho Ricardão!! ;o)
Não é só o Muta que se intromete no texto dos outros kkk...
Ainda bem que pensaram nas meninas, maioria por aqui no momento. Só não gostei do nome dele, traumas, hahaha !!!
Afetado ao caralho, meu nome é Zé Pequeno!
Hahaha, eu não sou de ficar mandando bye-bye pra ninguém não... Mas tudo bem, esse bye-bye veio da esquizofrenia da cabeça do Ursípedes, então beleza.
Se bem que tenho desenvolvido a teoria da esquizofrenia coletiva...
Abraços, muito bom e não quer voltar mesmo não? Hahaha.
Sem graça e tosco
Hilário e tosco.
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