A vida é um grande mistério. Em todos os sentidos, dos mais amplos aos mais prosaicos, é frequente nos questionarmos a respeito de uma série de assuntos.
Eu logicamente tenho minhas dúvidas existenciais, mas eventualmente me pego questionando sobre banalidades intrigantes do dia-a-dia. Não vejo a menor possibilidade destas dúvidas terem uma resposta plausível, mas como divagar em conjunto é sempre mais divertido, resolvi trazê-las até aqui pra ver se alguém mais tem resposta para as mesmas:
- Por que não se inventa um remédio para curar dores advindas de rompimentos?
Seria deveras reconfortante se depois daquele sofrido rompimento com o ser amado, pudéssemos tomar um comprimido, ou até uma injeção, que em questão de horas levasse pro espaço a vontade de chorar, as olheiras e principalmente as lembranças que invadem o coração e a alma e nos fazem sofrer.
- Por que cadarço tem vida própria e insiste em se rebelar nas horas mais impróprias?
Sabe aquele momento em que você vê seu ônibus passar, e tem que dar aquela corrida? Ou então quando você vê alguém em quem está de olho? E pior ainda, quando você está numa escada rolante que exige o mínimo de atenção para não causar acidentes? É nessas horas em que nos damos conta de que aquele maldito cadarço do tênis está desamarrado, tornando-se um potencial agressor à nossa integridade física e moral.
- Por que com tanto nome no mundo, os pais dão os mesmos nomes pros filhos?
Quando o nome é bonito, ok, mas já vi cada palavrão acompanhar gerações, que me dá pena de uma criança que se chama, por exemplo, Eustorgio (sim, ele existe, eu não inventei).
- Por que não podemos mudar de nome ao longo da vida?
Acho que seria divertido podermos usar vários nomes que achamos bonitos, (um de cada vez, que fique claro) mas que não foram escolhidos pelos nossos pais. Lógico que é uma idéia inviável, confusa, diria impossível, principalmente do ponto de vista legal, mas não custa imaginar como seria a vida tendo um nome diferente de tempos em tempos.
- Por que o inglês de tripulantes de avião é absolutamente macarrônico?
Só eu tenho a impressão de que eles falam como se tivessem uma batata quente na boca? Ás vezes eu acho que a culpa é do ineficiente sistema de som do avião, mas numa ocasião ouvi um deles falando e o inglês era tão bom, que me convenci de que o problema é sim, deles.
- Por que espinha de peixe tem atração por mim?
Costumo dizer que se elas se transformassem em algo interessante como dinheiro, eu estaria no paraíso. É impressionante como até aquele peixe que não tem espinha, passa a ter quando ele sabe que eu estou presente.
Um dia jantando na casa de uma tia, com mais 5 pessoas, ela me garantiu que o tal peixe assado não teria uma espinha. E de fato não tinha, no prato dos outros, pois duas das infelizes se empolgaram e saíram correndo pro pedaço de peixe que estaria no meu prato.
- Por que pessoas graduadas, pós-graduadas às vezes escrevem e falam tão, tão mal?
Não sou um ás do português, eventualmente cometo meus erros, mas tenho um mínimo de conhecimento que felizmente me impedem de citar frases como “a partir da meio dia e meio”, entre diversas atrocidades que ouço diariamente. A questão que me incomoda não é falarem ou escreverem errado, até mesmo porque grande parte da nossa população não teve chance de estudar. O que me deixa indignada é ouvir e ler erros grosseiros, de pessoas que supostamente tiveram uma boa formação, que frequentaram faculdade e muitas vezes têm até níveis mais complexos de estudo como doutorado e mestrado. O fato de terem conseguido entrar numa faculdade é algo que me espanta, mas me impressiona mais ainda, como conseguiram ser aprovados com um português tão ruim.
Como se vê, as minhas dúvidas não passam de divagações de uma mente insana, mas quem nunca se perguntou sobre certos mistérios insolúveis dessa vida?
3 comentários:
a solução é o velcro!
- dor por separações? abra o peito e troque o coração preso por velcro por aquele seu fígado extra.
- problemas com o cadarço? substitua-os por velcro!
- dê a seus filhos do nome de velcro.
- cansada do seu nome? tenha sempre etiquetas com velcro com diversos nomes e cole-as na roupa quando quiser variar.
- ensine a tripulação a falar velcro e eles melhorarão sensivelmente.
- passe velcro no peixe antes de comer: todas as espinhas serão removidas.
- aqui a culpa é do velcro: as coisas ficaram mais fáceis depois de seu advento e, por isso, as pessoas ficaram mais relaxadas até com o idioma.
espero ter ajudado... ou não! =P
minhas "teorias":
- porque os fabricantes de chocolate (e sovete, tratando-se dos americanos) iriam a falência
- porque eu morro de vergonha de ter de agachar e amarrar o tenis no meio da rua, e a vida e/ou o universo adora me colocar em situações embaraçosas
- porque tem aquele lance de karma, tipo se eu sofri, ele terá de sofrer também
- porque senão os pais não se sentiriam vingados e porque nomes como *Princesa Consuela Banana Hammock e/ou Crap Bag poderiam ser cogitados (* tributo a Friends)
- porque provavelmente na escola de inglês onde estudaram não usavam músicas do Roxette para ajudar na pronuncia das palavras
- essa não tenho motivo... acho que os peixes estão de marcação com a gente... meus pais sempre acharam que era frescura minha, mas meu prato sempre foi o único no qual os benditos palitos naturais se acumulavam
- isso é culpa do capitalismo... hahaha, mentira. acho que é porque é feio ser culto. tenho horror a pessoas "esclarecidas" que além de usar o GERUNDIO usam "ano" ao inves de "ando".
exemplo: "estarei falano", "estaremos ligano"... deu pra entender, né? :D
Remédio pro coração - serve o tempo? ou tem de ser substância química?
Cadarços rebeldes - em geral só os noto tarde demais, claro. Quando já estou no chão.
Nomes esdrúxulos acompanhados de Jr. ou Filho - só pode ser vingança.
Titulados analfabetos - mais comum do que vc imagina. Infelizmente. Tbém fico indignada com isso...
Postar um comentário