Para começar, vale salientar que no aprazível apartamento (ok, apartamento é supervalorizar o tamanho do lugar), devido a alguns problemas técnicos – e ao elevado padrão dos serviços encontrados em Piracicaba – o meu fogão, que originalmente era para ser utilizado com gás natural, ainda não foi convertido para o uso de botijões. Para ajudar um pouco mais, o meu microondas resolveu se suicidar, deixando-me sem as funcionalidades dessa maravilha do mundo moderno.
Mas também não imaginem que eu estava sem recurso algum, pois felizmente ganhei - em um natal passado - um apetrecho indispensável nos dias de hoje: um daqueles grills que levam o nome de um grande campeão de boxe aposentado. (E aqui cabe a pergunta: foi ele mesmo quem projetou o negócio? Not... ¬¬)
Bem, depois de alguns dias nessa situação, digamos que eu estava cansado de comer apenas comidas frias... Para piorar a coisa, passando pelo supermercado, deparei-me com uma iguaria que me deixou com água na boca: cogumelos shitake frescos!
Nesse momento me imaginei degustando essa iguaria, convenientemente preparada com molho shoyu, cebolinha e manteiga: mas afinal, como eu poderia me esbaldar gastronomicamente assim, sem sequer contar com um fogão onde pudesse, errr, preparar a coisa?
Mesmo com esses pensamentos, não me acanhei e nem desisti, e decidi levar pra casa os ingredientes, pois tinha certeza que, no momento de necessidade, eu daria um jeito. E graças a um oportuno Momento MacGyver (o volume II), tive como preparar os cogumelos e variar em grande estilo o cardápio regular de sanduiches no jantar.
[os ingredientes e o milagre do Momento MacGyver]
Como já disse, os ingredientes são simples: cogumelos shitake, cebolinha, manteiga e molho shoyu. Na última vez que preparei os danados (sim, ficaram tão bons que repeti a dose algumas vezes) coloquei também salsinha. O resultado com, ficou tão bom quanto sem, o que me faz concluir que a salsinha, efetivamente, não muda muito as coisas.
Continuando, depois de lavar os ingredientes laváveis (para os fortes, lavar é apenas uma opção), basta colocar o shoyu, a manteiga e a cebolinha para esquentar – eu não precisava dizer que a primeira coisa a se fazer era ligar o grill né? – e quando você achar que já a manteiga já está derretida o bastante – isso é definitivamente uma opção de cada um – coloque os cogumelos para refogar.
Atenção: não os joguem lá dentro, a menos que vocês queiram molho shoyu espalhado por toda a cozinha.
[jogue tudo lá dentro...]
Com isso feito, deixe cozinhar um pouco e vire os danados. Sei lá, isso me parece adequado, afim de cozinhar por igual a comida. Admito que talvez esse seja um detalhe desnecessário para o processo...
[... e cozinhe até achar que está bom]
Agora, mais uma vez a coisa depende de cada um, pois não sou eu quem vai falar quando os cogumelos já estão cozidos. A minha dica é, depois de algum tempo, experimentar um deles para saber. Acreditem, isso funciona!
E vale reforçar algo que a foto mostra: escolhi utilizar os palitinhos japoneses como utensílios, pois, bem, eles não rasgam o papel alumínio. E, como avisado no Momento MacGyver, isso pode fazer um puta estrago... Mas deixando as inconveniências de lado, quando julgarem que os cogumelos estão prontos, basta mandar pra dentro!
[Shitake e Guinness, um excelente jantar de sábado a noite]
7 comentários:
Um pouquinho de saquê mirim e/ou um nadinha de açúcar acrescentariam mto em sabor ao seu prato! e compre uma panela elétrica de gohan, criatura!
R: Anotado Lótus... E um dia eu compro, já disse.
Infelimente a crise por aqui nao me deixa ver as fotos… mas adorei!
Sem querer desdenhar do seu trabalho… o meu modo de fazer (no forno) eh bem menos ativo. Simplesmente lave os ingredientes. Faca um “envelope” com o papel aluminio. Dentro, cuidado para reforcar a parte de baixo e os lados para que nada escape, para nao ficar com cheiro de queimado. Coloque o shitake, a manteiga, o shoyu e a cebolinha (ou alho poro, como experimentei no supermercado, dia desses e tb ficao mto saboroso) e deixe em media de 20 a 30 minutos em forno medio. Tambem fica bem gostosinho! ;)
Adaptabilidade é a inteligência de quem sabe sobreviver. Também gosto de cogumelos comestíveis, os outros eu dispenso.
R: Lembre-se Nanael, todos os cogumelos são comestíveis; alguns só uma vez...
É Muta, toda vez que me aventuro na cozinha (e todas elas se tornam um filme de ação e no final, drama), é porque tive um surto de empolgação/criativadade para ser uma verdadeira chef inventiva. Distorço as receitas e tb nunca sei quando está pronto. Vou experimento até dar certo. No final já perdi até a fome.
E esse seu prato ta muito, visualmente, saboroso....
R: Mi, pode acreditar: além da imagem, o gosto tbm fica excelente!
Rapaz, a receita soaria maravilhosa (em especial por conta das fotos) para mim, não fosse o fato de que tenho repulsa a cogumelos, he he!
R: É Ina, assim fica praticamente impossível, hehehehe. Mas e quanto à guinness? A essa vc não tem repulsa não né? :D
O único cogumelo comestível que eu conheço é o champingnon, mas eu também adoro cozinhar (nem tanto assim), e acho que qualquer coisa com molho shoyu fica uma delícia.
E morro de inveja de um grill desses. Não tenho. :(
R: Tenha fé, o seu dia chegará!
Deu água na boca, principalmente na hora do meu jantar.
E de fato, salsinha só serve como decorãção, pra mim é quase como alface, folha sem gosto de nada.
Eu preciso ver o Larica Total, nunca lembro !!!
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