quarta-feira, dezembro 17, 2008

2008: O Ano em que o Muta Quase Parou

Aproveitando a onda de retrospectivas que, certamente, virão, por que também não aproveitar para fazer uma espécie de retrospectiva pessoal também?

Tudo bem que ela não terá uma fração mínima da popularidade das famosas retrospectivas globais e afins, mas, no final das contas, bem... Não tem o menor problema.

Então, sem mais delongas, vamos aos fatos e revelações que marcaram o ano em que o Muta quase parou:

Janeiro: Pessoalmente o ano começava bem, muito bem aliás, mesmo que a festa da virada não tenha sido realizada em nenhum lugar badalado. As pessoas que realmente importavam estavam presentes e tudo foi muito bem, ditando a tônica que se seguiria por mais um tempo. No trabalho a época era de mudança; do rumo da carreira, da cidade em que morava, da dinâmica de viagens e das pessoas ao redor. Na verdade tudo ia aos trancos e barrancos, mas algumas cordas que pareciam firmes o bastante seguravam tudo no seu lugar.

Fevereiro: Mais uma vez as coisas iam de vento em popa em alguns aspectos da vida, planos mirabolantes sendo realizados e, pasmem, até o trabalho parecia entrar nos eixos. Ah sim, até então 2008 prometia, mas eu devia desconfiar de algo errado quando a minha carrorinha morreu, depois de 14 anos com a gente.

Março, Abril e Maio: Até aqui, até o Idéias estava voltando aos eixos, depois de quase 6 meses passando por problemas técnico-administrativos – Poxa, era difícil administrar toda uma vida e, sinceramente o site não era exatamente uma prioridade. Tudo funcionava bem e o trabalho, apesar de consumir muito tempo, estava em ordem. Mas nem tudo são flores e, mesmo achando que as coisas iam bem e/ou que podiam melhorar, eu estava cegamente enganado.

Junho: Definitivamente esse mês prometia! Apesar de ter que passá-lo praticamente todo fora (como pode ser visto aquiaqui, aqui e aqui) – e a saudade de casa pode ser algo brutal – as possibilidades de trabalhar quase um mês inteiro na matriz suíça da empresa era – e foi – realmente empolgante. Só que essa onda boa acabou se espatifando em um acontecimento doloroso e repentino, como se o tsunami de maravilhas se chocasse repentinamente com um quebra-mar gigante de desilusões. C’est la vie mes amis, c’est la vie.

Julho a Outubro: Senhor, onde foram parar esses quatro meses afinal? O trabalho, a solidão em Piracicaba e a distância de minha querida Sampa serviam-me como uma maré serve a um naufrago, empurrando-o para onde ela quisesse, mas, felizmente, sem que o pobre precisasse realmente se esforçar. Ah o bálsamo que a sobrecarga no trabalho que todos vivemos nesses dias loucos pode proporcionar. Oras bolas, nada melhor do que muito trabalho e pouco tempo para pensar, não é mesmo? Mas no meio desse refúgio mental, foi tirado um volume anormalmente baixo de fotos e o Idéias – o pobre site, sempre à mercê das minhas inquietações – era praticamente uma página estática e desatualizada. Se nesse intervalo eu não parei, bem, eu meramente me arrastava e me escondia quase como um eremita que, além de trabalhar, lia - e continua lendo - muito.

Novembro: Ah, mas as coisas mudam, como mudam! Nada como o tempo e decisões firmes para nos ajudar a colocar algumas coisas no lugar... E é claro que uma viagenzinha pelo trabalho para terras estadunidenses também ajudou muito, inclusive, com a aquisição de um novo brinquedinho que promete muitos e muitos cliques. Tudo bem que a terra do consumo exarcebado não é exatamente o meu destino favorito, mas definitivamente é uma experiência e tanto. Mas eu estava mais forte e tive certeza disso quando uma pessoa muito importante e presente durante toda a minha vida pode parar de sofrer o que sofria no final dessa jornada. Outros ciclos também se encerram nesse mês e me refiro ao ilustríssimo Garotas que Dizem Ni! Não é pouco dizer que sem a influência desse site – através das pessoas que o orbitam – o Muta de hoje não seria o mesmo. Aliás, dificilmente o Idéias existiria hoje sem essa influência decisiva.

Dezembro: Então, como não podia deixar de ser em um ano que passou praticamente na velocidade da luz, o último mês do ano chegou! Tudo bem, eu sei que ele não acabou, mas como posso dizer que vou reclamar de algo estando de férias em suas duas últimas semanas? A família vai bem e recuperada, o trabalho continua, bem, dando trabalho, mas parece que tende a melhorar, finalmente consigo enxergar vida e possibilidades por cima do muro e estou bem melhor adaptado à nova cidade. Puxa, apesar dos pesares o ano quase acabou comigo, mas eu acabei com ele antes.

E, a partir de agora, o negócio é continuar olhando pra frente, fazendo de tudo para que o próximo ano – mesmo que mais uma vez voando por nós – seja o melhor até hoje; assim como farei – e espero que todos consigam fazer o mesmo! – no ano depois desse próximo, e no outro, e no outro, e no outro, e no outro...

3 comentários:

Emi disse...

Quase pego o meu tissue, depois de ler seu texto 2 vezes (voce escreve muito bem).
Enfim voce sobreviveu em 2008.
Parabens pela superacao, e pela vitoria pessoal sobre todos obstaculos que enfrentou.

um grande abraco.
(de ferias gracas a deus pai, Emi)

lucianogeosjc disse...

gostaria de entar em contato com a fotografa atena
obrigado

prof.lucianosjc@uol.com.br

ju disse...

Oi,

Adorei!!!

Vc é forte...manda vê em 2009 pq tenho certeza que coisas boas virão para vc!!!
Feliz ano novo!!! Feliz novas expectativas!!! FELIZ 2009!


Beijo enorme.

Ju